APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA

No dia  21 de novembro deste ano de 2019 a Igreja Católica celebra a Festa da Apresentação de Nossa Senhora. Curiosamente “esta festa está associada com um evento que não está relatado no Novo Testamento, mas no apócrifo Evangelho de Tiago, documento que tem sido datado pelos historiadores em por volta de 200 D.C.  A história relata que para agradecer o nascimento da filha Maria, Joaquim e Ana decidiram consagrá-la a Deus e a levaram, aos três anos, para o Templo em Jerusalém” (cf. Wikipédia enciclopédia de licença livre). Uma tradição antiga conta que ela permaneceu ali para se preparar para o seu futuro papel como Mãe de Deus, título dado a ela no Conselho de Éfeso em 431 (“teótocos” em grego). Segundo a tradição Maria ficou no Templo até doze anos de idade.

“Maria, a escolhida, estava no coração do Pai desde sempre, para nos trazer seu Filho. Deus aproximou-se de nós por meio de Jesus. Maria é nossa  interlocutora, pois, na humildade, aceitou tão nobre missão. Quem se deixa conduzir por Deus encontra a vida e a paz. Apresentemo-nos, também, diante do Senhor, na certeza de que Ele nos acolhe em seu amor, sua misericórdia. Celebremos Maria, que nos ensina o jeito de ser  mais de Deus” (cf. Deus Conosco, Editora Santuário, novembro, 2019, p.96).

É Interessante notar que “os evangelhos nada informam a respeito da infância de Maria. Entretanto, à luz do que conhecemos, intuímos que a infância e adolescência da Mãe de Deus tenham sido totalmente assinaladas pela graça de Deus. Mesmo sem levar em conta as edificantes histórias dos evangelhos apócrifos, podemos entrever uma clara mensagem que emerge da festa da Apresentação de Nossa Senhora: o coração de Maria sempre esteve voltado para a vontade de Deus. O surgimento desta festa deu-se no oriente no século Vl. Somente no século XlV é que Roma a introduziu no seu calendário litúrgico. Não obstante as incertezas, devidas à falta de fundamentação bíblica e histórica, a celebração foi mantida no atual Calendário romano, não como festa, mas como “memória” (cf. “Dia a Dia com o evangelho” Editora Paulus, Ano A, 2017, ps. 393/394).

“No ano de 543 foi feita a dedicação da Basílica de Santa Maria, a Nova, em Jerusalém, e comemorada a apresentação de Maria no Templo. Por ocasião de um terremoto, esta basílica praticamente desapareceu e, com o passar dos anos, já não se sabia a localização exata da construção original.  Foram feitos estudos, levantaram-se hipóteses, até que, um dia, um arqueólogo israelense descobriu as ruínas. Os arcos restantes demonstram que a basílica era muito grande.  Recuperá-la ou deixa-la aberta tornava-se muito dispendioso. Esta no subsolo da Cidade Velha no bairro judeu. Pretendia ser uma réplica do Templo, por isso uniram a memória da apresentação de Maria à basílica que recebeu o nome de Nova. Era chamada de Nea, em grego. Segundo a tradição, ainda muito jovem Maria foi levado ao Templo de Jerusalém por seus pais em cumprimento da promessa que fizeram para terem filhos. O significado dessa apresentação é a consagração de Maria a Deus. Essa consagração não excluía o casamento, considerado importante em Israel pela expectativa do nascimento do Messias. O Messias podia nascer de qualquer mulher judia  ou aparecer de forma extraordinária. As moças do Templo deixavam o local para se casar. Assim aconteceu com Maria, prometida em casamento a José” (cf. A Bíblia Dia a Dia, Editora Paulinas,  21 de novembro, 2018, Apresentação de N. Senhora).

imagens ilustrativa.

   Compilador: Pe. Brendan Coleman -Redentorista