Vaticano anuncia data da Beatificação de Benigna Cardoso, de Santana do Cariri

Benigna Cardoso, de Santana do Cariri, será beatificada no dia 21 de outubro deste ano. O rito da celebração, com a presença do Cardeal Angelo Bucciu, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, representante do Papa Francisco, vai ocorrer na Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado do Vaticano.

A data da beatificação foi divulgada na manhã desta terça-feira, dia 21 de janeiro, em pronunciamento feito na Rádio Educadora do Cariri, porta-voz da Diocese de Crato, pelo bispo Dom Gilberto Pastana. E o anúncio está permeado de simbologias: também nesta terça, a Igreja faz memória à Santa Inês, virgem e mártir. Aos 13 anos, tendo renunciado a “corte” de um rapaz, foi denunciada por ele ao Império Romano. O regime perseguia violentamente os que se declaravam cristãos.

Benigna, considerada “heroína da castidade”, será a primeira beata nascida no Ceará a receber o título. A promulgação do decreto, no qual o Papa Francisco autoriza a beatificação dela, aconteceu em 2 de outubro de 2019.

“É um motivo de grande alegria para todos nós. E, em contato com Roma, resta-nos preparar a celebração”, disse Dom Gilberto.

Veja o momento do anúncio!

A história de Benigna 

 

A Serva de Deus, considerada “heroína da castidade”, será a primeira Beata nascida no Ceará a receber esse ato, que é um passo para o caminho da canonização. O testemunho de santidade da Menina Benigna começou logo após o martírio, há mais de 70 anos. “Ela morreu por uma causa, ela deu a vida por uma causa, explicitamente comprovada. Ela preferiu morrer para não pecar, por isso ela é a ‘heroína da castidade’. Ela é um exemplo de virtude cristã para todos aqueles que querem ser discípulos do Senhor”, comentou dom Gilberto.

O anúncio, feito exatamente nove meses antes da beatificação, já dando início às preparações ao rito. Em nível diocesano, já está confirmada para a terceira semana do mês de agosto um período de recordação e testemunho da Serva de Deus.

Ao bispo diocesano, segundo as normas da constituição apostólica Divinus Perfectionis Magister, promulgada pelo Papa João Paulo II em 1983, compete o direito de continuar investigando sobre a vida da Serva de Deus e os possíveis milagres para prosseguir com o processo de canonização. “Vamos primeiro celebrar a beatificação e depois começa o processo de canonização. Temos que percorrer todo um caminho que é um pouco diverso do caminho da beatificação”, finalizou Dom Gilberto.

Por: Com informações e fotos da diocese de Crato e de Vatican News