O primeiro Meeting Point da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi realizado na manhã desta quinta-feira, 12, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP). Para falar aos jornalistas sobre as experiências missionárias da Igreja no Brasil, foi convidado Dom Giovanni Crippa, bispo de Estância (SE) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária.
Para introduzir o tema, Dom Giovanni lembrou que além de a missão ser uma realidade bastante abordada no pontificado do Papa Francisco, é preciso ressaltar que o Concílio Vaticano II abriu novas perspectivas e ajudou a Igreja a redescobrir sua identidade missionária. “A Igreja é, por sua natureza, missionária”, destacou o Bispo, ao citar o decreto conciliar Ad Gentes.
“O Concílio nos lembrou que a missão tem origem em Deus, que é amor, que não se contém, que se transborda, que se auto-comunica”, afirmou Dom Giovanni, reforçando que “a Igreja nasceu para ser enviada”. Por esse motivo, ele acrescentou que “uma Igreja particular não pode se encerrar dentro de si”. “Uma diocese não pode pensar somente ad intra, naquilo que são suas exigências e desafios, tem que ter um olhar amplo”, disse.
Nesse sentido, em 1972, nasceu oficialmente o projeto “Igrejas Irmãs”, com o objetivo de estimular as dioceses mais tradicionais e estruturadas ajudarem às dioceses mais necessitadas com o envio de missionários. “Muitas iniciativas surgiram, muitas Igrejas começaram a colaborar. Hoje nós podemos dizer que temos de 35 a 40 dioceses que trabalham em parceria com outras dioceses ou prelazias mais necessitas com a presença de sacerdotes, diáconos permanentes, leigos, seminaristas. Que estão prestando esse serviço missionário às Igrejas mais necessitadas.
O próximo Metting Point será nesta sexta-feira, 13, às 9h, com Dom Severino Clasen, bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, sobre a vivência do Ano do Laicato na Igreja no Brasil.
Por Fernando Geronazzo