Cerimônia de Posse do novo diretor da Santa Casa, na diocese de Sobral


Novo diretor geral da Santa Casa toma posse


Por Teresa Fernandes


       


    O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Sobral e bispo diocesano Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos deu posse ao novo diretor da instituição hospitalar nesta quarta-feira, 23. O administrador hospitalar e gestor executivo em saúde, Klebson Carvalho Soares, tem larga experiência em gestão hospitalar. O diretor foi eleito em Assembleia Geral Deliberativa do Conselho Geral da Santa Casa de Sobral no dia 15 de janeiro.


      Dom Vasconcelos acolheu o novo diretor e ressaltou sua competência para administração da Santa Casa. Também agradeceu a todos os diretores e provedores anteriores e aos membros do conselho gestor da Santa Casa. O provedor lembrou que a instituição está em negociação com os camilianos para a direção geral da Santa Casa e que Klebson Carvalho é graduado pelo Centro Universitário São Camilo. “Ao aprofundar-se a crise econômica, vimos a necessidade de uma administração mais profissional. Onde vamos buscar solução? Vimos que a Igreja é rica em misericórdia e há pessoas capacitadas em várias áreas. A missão dos camilianos é o cuidado espiritual e a assistência corporal. Apresentamos a proposta de os camilianos assumirem a direção da Santa Casa e foi aceita por unanimidade. Em novembro, fizeram auditoria para examinar as possibilidades e responderam positivamente, mas precisavam de um tempo. Foi-nos apresentado um leigo formado por eles que estava em missão em Macapá, conversamos e constamos sua capacidade. A Assembleia o elegeu por unanimidade e hoje tenho a honra de nomeá-lo solenemente. As negociações com os camilianos continuam, mas Dr. Klebson da família leiga camiliana já é nosso”, destaca.


      “O amor busca a técnica e a ciência para melhor servir”, ressalta Klebson Carvalho relembrando São Camilo. Ele explicou que serão três os pontos principais de sua administração: financeiro (analisar contratos, processos e reduzir custos), qualidade (analisar os processos para buscar oportunidades de melhoria) e comunicação (melhorar a comunicação com a comunidade). Também haverá investimento em humanização com os colaboradores e, principalmente, com os pacientes.


      A vocação da Santa Casa é ser uma casa de misericórdia que acolhe a todos, segundo Dom Vasconcelos. Ele explicou que, diante dos desafios financeiros que a instituição enfrenta, não era desejo fechar as portas, deixar a filantropia e nem tirar a direção da Igreja. “Recebemos críticas sem fundamento: por que a Igreja se envolve em questões temporais? Mas a fé sem obras é morta. A Constituição Pastoral Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo atual nos diz que as alegrias, esperanças, tristezas e angústias sobretudo dos pobres e dos que sofrem são de responsabilidade dos discípulos de Cristo. Não há realidade humana que não encontre eco no coração da igreja. Saúde é direito de todos e dever do Estado, mas a Igreja deste tempos remotos antecipou-se ao estado na saúde, educação e cuidado aos idosos”, ressalta lembrando que a Diocese criou a Santa Casa, o Abrigo Sagrado Coração de Jesus, o Seminário onde hoje funciona a Universidade Vale do Acaraú (UVA) e o Abrigo Sagrado Coração.


Crise na saúde

      O secretário de saúde de Sobral, Gerardo Cristino, lembrou que a crise na saúde é mundial. “Mas nas dificuldades encontramos as soluções. A gestão de saúde é complexa.  Precisa de método, compreender o financeiro e a gestão, o comportamento da equipe e da população”, ressalta dizendo ter confiança nas melhorias contínuas com a integração da rede de saúde.


       Durante o evento, houve um momento de oração conduzido por Dom Vasconcelos e pelo Pe. José Lucione Queiroz Holanda, membro do Conselho Econômico e Fiscal da Santa Casa de Misericórdia de Sobral e pároco da Catedral. Pe. Lucione trouxe a passagem do bom samaritano. “Os padres da Igreja leram essa parábola e a interpretaram. Os homens que caíram nas mãos dos assaltantes é a humanidade ferida. Jesus é o samaritano que vem ao nosso encontro e se curva e se identifica com os doentes. O vinho, azeite e ungüento são os sacramentos, sinal visível de uma graça invisível. A hospedagem simboliza a igreja que deve ser essa casa que a todos acolhe”, explica Dom Vasconcelos.


 


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