DNJ 2018: “Viver da forma que agrada ao Senhor, construindo uma cultura de paz”



 



Na Diocese de Crato, assim como nas demais igrejas particulares, a juventude está organizada de maneira plural e com várias expressões: movimentos, grupos jovens paroquiais, grupos de Pastoral da Juventude (PJs), novas comunidades e congregações religiosas, cada uma atuando conforme a sua função, o seu dom, o seu talento, mas todas “corresponsável pela edificação do Reino de Deus”.


Essa foi a exortação do Bispo Diocesano, Dom Gilberto Pastana, para o Dia Nacional da Juventude (DNJ) celebrado neste domingo (25), Solenidade de Cristo, Rei do Universo e encerramento do Ano Nacional do Laicato.

DNJ: Unidade jovem na diversidade de dons e carismas. Foto: Wandemburgo Santana


O DNJ além de celebração, é também momento de reflexão. Este ano, os jovens tiveram a oportunidade de refletir sobre o papel que eles são chamados a desempenhar na construção de uma cultura de paz.


O primeiro momento de reflexão foi durante a Santa Missa rezada às 14 horas, no Santuário Eucarístico Diocesano, em Crato. Apesar do horário pouco habitual, sobretudo para os jovens, que preferem aproveitá-lo para um cochilo pós-almoço, a igreja ficou lotada, com representações das cinco regiões forâneas. Concelebraram a Eucaristia o Assessor Eclesiástico do Setor Juventude, Padre José Ricardo Barros de Sales, e o Reitor do Santuário, Monsenhor João Bosco Cartaxo Esmeraldo.


Na homilia da Missa, Dom Gilberto motivou à juventude à “construção de um mundo diferente”, que despreza  tudo aquilo que não agrada ao Senhor. “Vocês, jovens, precisam construir um mundo diferente desse que nós vivemos. Nos vivemos num mundo de insegurança, de violência, de falsidade, de competições para saber quem é maior e melhor, mundo de profunda desigualdade social”.


Também explicou que “o Reino de Jesus é o da Justiça e da paz”, por isso cada um deve querer construir essa cultura de paz, mas isso só é possível experimentando a transformação na convivência fraterna. “Por meio do diálogo e transformando, primeiro, a nossa vida. Mas antes de apresentar essa proposta, nos precisamos ter consciência dela. A proposta do Reino de Deus não é da imposição, é um convite que Ele mesmo faz, para que nós aprendamos, com Ele, a viver a vida fraterna. Daí a necessidade de nós conhecermos, profundamente, quem é Jesus e qual é a sua mensagem. Conhecendo a Ele, ao Seu Reino, nós podemos abraçá-lo com convicção esse mundo”, sublinhou.


Por fim, desejou que o DNJ estenda-se na vida de cada jovem, para fazê-lo crescer, em fraternidade, na diversidade de expressões que criam unidade e familiaridade, num só testemunho: Cristo e o Seu Reino.


Abraçar o Reino de Deus, construindo uma cultura de paz 


O segundo momento de reflexão do DNJ aconteceu após a Missa. Os jovens puseram suas mochilas nas costas e seguiram rumo à Quadra do Colégio Pequeno Príncipe, onde participaram de catequese, show de evangelização, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento.


Elane Vanessa de Sousa Silva, da Paróquia São José, em Missão Velha, disse que sentiu-se acolhida no evento e fez votos de que os jovens, juntos, possam, de fato, construir uma cultura de paz. “As pessoas acham que não tem espaço para o jovem na Igreja, mas falta mesmo é o jovem procurar seu espaço na Igreja, tem muitos grupos, muitas opções”, garantiu.


<< Quem disse que a juventude não sabe rezar? Fotos: Patrícia Mirelly >>


Elizabete Maria, uma das integrantes da Pastoral da Juventude (PJ), considerou que os momentos foram de grande proveito e acredita que eles podem, sim, levar à juventude a mudar o “mundo em revolução”. “A porcentagem de ódio, de droga tá tomando conta de tudo, que nós possamos contagiar outros jovens a buscar a Deus, buscar coisas que possam trazer felicidade, não apenas por um dia, mas para a vida toda”, afirmou.


Este ano, o DNJ apresentou o tema “Juventude construindo uma cultura de paz” e o lema “Disse estas coisas para que em mim vocês tenham paz, neste mundo vocês terão aflições, contudo tenham coragem, Eu venci o mundo” (Jo 16,33), ainda em sintonia com a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a juventude, realizada em Roma, no mês passado.


Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação