Eleitores de 13 estados e do DF conhecerão seus governadores no dia 28


Eleitores de 13 estados e do DF conhecerão seus governadores no dia 28


Eleitores de 13 estados e do Distrito Federal só vão conhecer seus novos governadores após o segundo turno, em 28 de outubro. São Paulo, Amapá, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte devem manter as expectativas até o fechamento das urnas para descobrir seus próximos governantes, os responsáveis por ocupar o cargo político mais elevado em seus respectivos estados.


Nos países com sistema federativo, como o Brasil, é função do governador administrar o estado e representá-lo em ações jurídicas, políticas e administrativas. “Vivemos numa República Federativa em razão do tamanho do Brasil muito embora precisamos repactuar a autonomia dos Estados Membros da União, mesmo assim as responsabilidades dos governadores são amplas e permitem uma administração própria com leis e um ordenamento específico”, explica o bispo de Campos, dom Roberto Francisco Ferrería Paz.


Uma das principais responsabilidades do governador é a segurança pública, envolvendo o controle das Polícias Civil e Militar e a construção e administração de presídios. “O governador cuida da segurança entendida num sentido integral e do desenvolvimento inclusivo solidário e sustentável da região”, afirma dom Roberto.



Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, bispo de Campos (RJ)


Cabe ainda ao governo atuar com o auxílio da respectiva Assembleia Legislativa (ou Câmara Legislativa, no Distrito Federal) e, para os temas de alcance nacional, da bancada federal — eleita para representar o estado na Câmara dos Deputados e no Senado. “Ele apresenta projetos a Assembleia Legislativa para aprovação das prioridades orçamentárias no âmbito da saúde, da educação, do meio ambiente, da tecnologia e comunicação”, reitera o bispo.


Nos estados, mesmo quando há diferenças partidárias ou políticas, o governador precisa atuar em sintonia administrativa com os prefeitos, responsáveis pela gestão municipal. Nestes casos, dom Roberto afirma que deveria ser resgatada a experiência de orçamentos participativos estaduais e propiciar a construção de políticas públicas setoriais e intersetoriais. “Ainda é importante o controle societário da máquina pública na busca de um Estado servo do bem comum e de uma governança realmente popular e democrática”, garante.


Por fim, dom Roberto comenta que cabe ao governador sancionar ou não as leis aprovadas pelos deputados estaduais ou distritais, o que segundo ele, exige um perfil de ‘político estadista’ que pense sempre no bem de todos, no patrimônio público e nas próximas gerações.