JMJ Portugal: “Dinamismo e compromisso” dos jovens católicos no país

196ª Assembleia Plenária do episcopado católico português decorre em Fátima até 5ª feira, 2 de maio. Os trabalhos foram abertos por D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

Domingos Pinto – Lisboa

A realização em Lisboa em 2022 da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) está a marcar os trabalhos da Assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que teve início esta 2ª feira, 29 de abril, em Fátima, com o discurso de abertura efetuado por D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa.

Para o Presidente da CEP, esta decisão do Papa é o reconhecimento do “dinamismo e compromisso” dos jovens católicos no país.

“Há vários anos que na CEP e fora dela se falava de tal possibilidade e aspiração. O mais determinante foi, porém, o crescente desejo de tantos jovens católicos, militantes em comunidades e movimentos, para que tal acontecesse mesmo e a partir do seu próprio dinamismo e compromisso”, disse D. Manuel Clemente que espera que o evento em Portugal seja “de evangelização ativa e missionária por parte dos jovens, que assim mesmo reconhecerão e testemunharão a presença de Cristo vivo”.

Os bispos portugueses vão analisar também a cimeira de fevereiro passado convocada pelo Papa sobre a proteção de menores, reiterando todo o apoio às decisões do Papa neste âmbito, e vão ainda, em ano de eleições europeias e legislativas, debater uma proposta da Carta Pastoral “Um olhar sobre Portugal e a Europa à luz da doutrina social da Igreja”.

Em cima da mesa está também o tema da preparação para o matrimónio, na sequência da exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’, do Papa Francisco, e o acompanhamento dos casais jovens.

Uma reflexão no contexto da nova carta pastoral sobre este tema que vai deixar “uma série de indicações necessárias e práticas”, disse o cardeal-patriarca de Lisboa que falou ainda da liberdade religiosa, da luta contra a corrupção, das migrações e da ecologia, e apelou à “defesa da vida, dos nascituros aos idosos”, e “das condições materiais e laborais que a garantam”.

Entre outros aspetos da vida da igreja em Portugal, D. Manuel Clemente deixou ainda uma palava de gratidão ao Núncio Apostólico em Portugal, D. Rino Passigato que, após ter completado 75 anos de idade, vai terminar a sua missão como representante diplomático da Santa Sé.

“Agradeço o acompanhamento constante que nos tem prestado, trazendo-nos, também deste modo, a presença do Santo Padre e a estreita ligação à Sé de Pedro. Muitas felicidades, Senhor D. Rino, para a sua futura vida pessoal e eclesial”, disse o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.