A sugestão aos membros do Tribunal Eclesiástico da Rota Romana: um itinerário indispensável para que jovens e casais revivam a sua consciência cristã amparada pela graça dos dois sacramentos: batismo e matrimônio
Cristiane Murray – Cidade do Vaticano
Os Sínodos sobre a família e a Exortação Amoris Laetitia nasceram da necessidade de ouvir aqueles fiéis que haviam silenciado suas consciências e depois reencontraram um caminho para ver um pouco de ‘luz’.
Foi o que disse o Papa na audiência aos membros do Tribunal da Rota Romana, que estão inaugurando o Ano Judiciário 2018.
Conscientização
O discurso do Papa teve como ponto central a consciência: seja nos casos dos quais os juízes se ocupam, como na vida das pessoas dos quais são protagonistas. As atividades dos Tribunais Eclesiásticos, seu empenho em causas de nulidade matrimonial e em geral, a pastoral familiar da Igreja – acrescentou Francisco – se expressam também como ‘ministério da paz das consciências e devem ser exercidos com toda a consciência’.
Catecumenato matrimonial
O Papa recomendou também o esforço de um ‘catecumenato matrimonial visto como itinerário indispensável para que jovens e casais revivam a sua consciência cristã amparada pela graça dos dois sacramentos: batismo e matrimônio’.
Todavia, quando a vida conjugal encontra em seu caminho graves obstáculos e fica ferida, chegando a pedir ajuda ao Tribunal, é preciso que o exercício da consciência sirva para evitar o risco de que de ‘o exercício da justiça seja reduzido a um simples processo burocrático’:
Francisco explicou ainda que esta é a razão pela qual estabeleceu que nos processos breves seja o próprio bispo diocesano a julgar a primeira instância dos casos de nulidade matrimonial.
Neste sentido, o Pontífice pediu aos membros da Rota que evitem o risco que ‘à consciência dos fiéis com dificuldades no matrimonio seja negado um caminho de graça’.