A fim de dar mais impulso às atividades, o Comitê sobre migração e refúgio convocou reunião para esta terça-feira (16) com participação de um representante do Serviço Pastoral do Migrante da Arquidiocese da Paraíba, Roberto Saraiva. O encontro aconteceu na sede da Cáritas Diocesana, em Crato.
Uma vez que a Pastoral do Migrante tem como missão o acolhimento e a defesa dos direitos das pessoas atribuladas por perseguições, catástrofes naturais, pobreza e miséria, a ideia foi trazer um representante para partilhar vivências e experiências, de modo a fortalecer os trabalhos encaminhados até aqui, na Diocese de Crato, como a campanha de doação de alimentos. “Essas experiências trocadas vão nos ajudar a perceber que passos futuros, além da campanha, a gente pode dar”, explicou Verônica Carvalho, da equipe Cáritas. O reitor da Universidade Federal do Cariri, professor Ricardo Luiz Lange Ness, também participou do encontro.
“Estamos hoje, aqui, propondo, dialogando sobre a possibilidade dessa Igreja Local acolher famílias de pessoas venezuelanas que passam por uma crise política, econômica e social, porque, quem acolhe o outro, acolhe o próprio Cristo. E a gente pensa que, se a diocese se organiza, se a diocese constrói processos de acolhida vamos ter, aqui, essas pessoas bem atendidas, porque elas estão chegando no Ceará e se dirigindo não apenas para Fortaleza, mas também para outras regiões”, disse Roberto Saraiva, da Pastoral do Migrante.
Formação de comitê
Desde o início do segundo semestre, a Cáritas Diocesana assumiu, junto a outros organismos, instituições e movimentos sociais, o desafio de pensar meios de como ajudar e acolher os migrantes e refugiados que, por ventura, venham buscar, na região do Cariri, alternativas de vida e trabalho. A união de tantas forças vivas, da Igreja e também da sociedade, levou à criação de um comitê formado por membros do clero, congregações religiosas, movimentos sociais, sindicatos e universidades.
No último dia nove, por exemplo, o comitê se reuniu para articular, justamente, um plano de trabalho, que consiste, entre outras prioridades, arrecadar donativos, além de sensibilizar a população. Inclusive, o próprio Papa Francisco tem conclamado lideranças e pessoas de boa vontade para essa necessidade da acolhida fraterna aos migrantes, principalmente aos refugiados.
Por Patrícia Mirelly/ Assessoria de Comunicação