Festival de Cannes: Filme sobre o Papa Francisco é exibido no maior festival de cinema do mundo


Festival de Cannes: Filme sobre o Papa Francisco é exibido no maior festival de cinema do mundo


Termina neste sábado, 19 de maio, a 71ª edição do Festival de Cannes 2018, a mais respeitada vitrine do cinema mundial. Durante esses dez dias, a festa francesa conta com competição de longas-metragens, sessões especiais e mostras paralelas como Um Certo Olhar, Semana da Crítica e Quinzena dos Diretores.



Cast e produção do filme de Wim Wenders sobre o Papa (ANSA)


Em uma das sessões especiais da mostra foi exibido o filme “Papa Francisco: um homem de palavra” do cineasta alemão Wim Wenders. A obra não entrou na disputa pela Palma de Ouro. Ao apresentar o longa sobre o Pontífice no festival, o cineasta disse que Francisco é o exemplo vivo de um homem que luta pelo que fala.


“No nosso filme, se dirige diretamente ao espectador, de modo sincero e espontâneo. Queríamos que fosse um filme para todos os tipos de público, porque a mensagem do Papa é universal”, afirmou o diretor.


A agência italiana Sir – Serviço de Informação Religiosa, conversou com o assessor da Secretaria para a Comunicação do Vaticano, mons. Dario Edoardo Viganò, que colaborou no projeto do filme. A matéria publicada em português pelo Vatican News traz detalhes do filme e de como se deu o início do projeto.


Viganò contou na entrevista que “o filme que Wenders realizou sobre o Papa é uma experiência do falar de si – por parte do Papa – através de um tecedor capaz de reconstruir e entrelaçar a narração – esta é a parte do diretor – de modo que surja a verdade e a profundidade do próprio ser”.


Para o monsenhor, não se trata de um documentário, mas de “um filme com o Papa”. “Papa Francisco é o protagonista da obra. Aceitou participar deste projeto com desejo de compartilhamento e de encontro com o próximo”.


Francisco visto de perto


O filme não tem um estilo narrativo e descritivo, sublinha mons. Viganò, “como nas primeiras tomadas sobre Leão XIII em 1896, ou no filme sobre Pio XII de 1942 Pastor Angelicus, ou mesmo nos documentários audiovisuais dedicados a João XXIII”, desta vez há um envolvimento direto. “Ele é o Papa da proximidade, do abraço inclusivo. Por isso participa como protagonista absoluto”. Uma intenção que se traduziu em “uma direção ao serviço do encontro com o Pontífice, nunca invasiva ou dominante, mas sim, discreta e poética”. “O Papa – afirma o assessor da Secretaria para a Comunicação – refletiu um bom tempo para avaliar o trabalho. Depois, aceitou de maneira convicta, consciente da grandiosidade comunicativa do projeto”.


Wenders, olhar poético


Recordando as obras-primas do cineasta como “As Asas do Desejo” com a particular presença dos anjos, e “Tão longe, tão perto” no qual se cita o Evangelho de Mateus, mons. Viganò recorda também a colaboração com o cineasta na cerimônia de abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia no Vaticano. Com o Centro Televisivo Vaticano – hoje Vatican Media – logo acreditamos no valor de um filme que falasse sobre o diálogo entre o Papa Francisco e a sociedade de hoje, com o encontro de homens e mulheres de todas as proveniências”. “O resultado foi uma experiência cinematográfica intensa, com encontro de pessoas de todas as fés, culturas, pertencentes a todas as classes sociais ou políticas”. A coluna sonora de Laurent Petitgand é enriquecida pela voz narrativa de Wim Wenders e da cantora Patti Smith.


(Com Vatican News)