Para formar discípulos e missionários: Semana Teológica debate iniciação à vida cristã



 



Começou nesta segunda-feira (22) a 2ª edição da Semana Teológica. O evento anual, que segue com programação até o dia 25, conta com a participação do bispo diocesano, Dom Gilberto Pastana, do Clero (padres e diáconos), dos seminaristas (em estágio pastoral), dos catequistas e dos responsáveis pela animação pastoral nas cinco regiões forâneas que integram a Diocese de Crato. O objetivo é ajudar a catequizar os fiéis para os sacramentos, mas também para a necessidade do engajamento pastoral convicto e comprometido.


A Semana Teológica acontece, em Crato, no Centro de Expansão Dom Vicente de Paulo Araújo Matos. Traz para o centro do debate a “Iniciação à Vida”. O tema é conduzido pelo professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, Padre Abimar Oliveira de Moraes, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. A programação está organizada em conferências e exibições de filmes para ajudar nas reflexões.


O que é a Semana Teológica


A Semana Teológica foi uma ideia do próprio bispo diocesano. A primeira edição, realizada ano passado, tratou sobre a Carta do Papa Francisco (reconciliando o Padre Cícero com a Igreja) e também sobre Direito Canônico. Dom Pastana entende que este é um espaço oportuno para ajudar na missão do Clero, dando-lhes renovado impulso à evangelização, a fim de que o povo continue a crescer e a amadurecer na fé.


Importância do tema


De acordo com o representante dos presbíteros, Padre Vaudênio Nergino, além de ser uma orientação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), a “Iniciação à Vida Cristã” é um processo de crescimento na fé de forma gradual e permanente, por isso a ideia de trazê-la para as discussões.


“É uma orientação da CNBB que a gente faça esse trabalho junto à catequese. Hoje a gente está englobando toda a dimensão catequética, no que a gente chama de ‘iniciação à vida cristã’, um processo que começa deste a criança de pré-eucaristia até a idade adulta, é uma formação que é continuada, em seus diversos aspectos”, explicou Padre Nergino.


Para conduzir o tema, o convidado é o Padre Abimar Oliveira de Moraes. No entendimento dele, a Iniciação à Vida Cristã “é uma urgência pastoral”, já que, no tempo presente, acentua-se a necessidade de as paróquias se tornarem espaços para promover o surgimento de católicos, cada vez mais, identificados com a pessoa de Jesus Cristo e, portanto, com capacidade de servi-lo – e testemunhá-lo – na Igreja e na sociedade, na dimensão missionária.


“A tentativa é justamente, ajudar as lideranças pastorais, de maneira especial o Clero, a compreender quais são as linhas principais [da Iniciação à Vida Cristã] e pensar um projeto, um planejamento, envolvendo todas as paróquias e comunidades da implantação daquilo que eu gosto de chamar assim: de uma igreja que possa ser uma casa capaz de acolher e capaz também de produzir fraternidade, solidariedade, ajuda, na construção daquilo que é o Reino de Deus”, ressaltou Padre Abimar.


Quais são encaminhamentos hoje


Atualmente, uma comissão (formada por padres, religiosas e leigos) tem promovido encontros para pensar a iniciação do povo à vida cristã (Batismo, Primeira Eucaristia e Crisma) nas paróquias e comunidades, a partir de um plano de formação. A ideia é que, com esse projeto, a diocese possa unir as experiências que já existem nas paróquias, direcionando e integrando – a partir de cada realidade – àquelas paróquias que ainda não as possuem.


Neste sentido, o bispo destaca que o objetivo é fazer chegar a todas as instâncias de pastoral a formação e o aprofundamento sobre a Iniciação à Vida Cristã.


Migração e refúgio


No contexto em que ocorre a Semana Teológica, também se abriu espaço para tratar de um tema igualmente necessário e urgente: migração e refúgio.


A exposição aos participantes ficou por conta do Padre Vileci Vidal (coordenador diocesano de Pastoral), Verônica Carvalho (agente Cáritas) e Janailton Coutinho (professor da Universidade Federal do Cariri), integrantes do comitê formado, justamente, para pensar ações e traçar um plano de como ajudar os venezuelanos que já estão chegando ao Cariri.


A proposta é unir todas as forças vivas da Igreja, sobretudo, as paróquias, a fim de responder aos três imperativos propostos pelo Papa Francisco: acolher, proteger, promover e integrar, seja na arrecadação alimentos e também na mobilização de pessoas de boa vontade para acolher as famílias.


O Papa, aliás, na sua mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, conjuga esses quatro verbos para dar uma resposta comum e articulada para o desafio dos migrantes e refugiados. “São pessoas atribuladas por perseguições, catástrofes naturais, pobreza e miséria que os expulsam de suas terras, culturas e famílias”, considera.


Esta situação angustiante, que bate às nossas portas e corações – acrescenta o pontífice – é uma ocasião de encontrar-se com Jesus Cristo que, pela sua encarnação, passou por esta condição. A primeira atitude humana e pastoral é acolher, ampliar as possibilidades de entrada e residência segura oferecendo hospitalidade e refúgio aos irmãos migrantes e refugiados. A ação que segue será proteger, salvaguardar a dignidade e integridade das pessoas e grupos familiares, reconhecendo e respeitando seus direitos.


Fonte: http://www.cnbb.org.br/acolher-proteger-promover-e-integrar-os-migrantes-e-os-refugiados/


Acompanhe a programação da II Semana Teológica:


Por: Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação