Dom Alberto Taveira: “Cabe a nós, cristãos, reconstruir laços desfeitos”



Em artigo publicado no portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, chamou atenção para o papel dos cristãos na superação da inimizade e do ódio suscitados nos últimos meses por conta de acontecimentos sociais e políticos. “A tarefa agora cabe a nós, cristãos, de mais uma vez reconstruir os laços desfeitos, derrubando os muros de ódio que se ergueram”.


“Temos ainda muito a aprender para chegar à maturidade política na qual o contraditório pode ajudar na compreensão de outros aspectos dos temas propostos às necessárias análises, sem que transformemos adversários políticos em inimigos”, analisou.


Dom Alberto começa sua reflexão, a partir do Evangelho deste 33º Domingo do Tempo Comum, recordando os vários anúncios do fim do mundo por quais “todas as gerações de cristãos assistiram” no decorrer da história. No entanto, salienta que só Deus tem conhecimento sobre o dia e a hora que isto irá acontecer.


“Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Se as suas são palavras de vida eterna, é conveniente para todos nós apegar-nos ao que não passa. Viver o Evangelho de Jesus, colocá-lo em prática a cada dia”, continua o arcebispo.


É neste ponto que dom Alberto chega à questão do amor, que deve ser o principal material para se chegar à “Obra completa”, anunciada no título do artigo. O momento presente é ocasião para preencher de amor a Deus e ao próximo cada minuto da vida, assim, “Deus recolhe tudo para dar valor de eternidade”.


“Deus nos dá sinais para continuar a obra que ele mesmo começou, mas não quer realizá-la sem a nossa participação”, ensina dom Alberto, que ainda propôs uma oração encontrada na liturgia: “Senhor nosso Deus, fazei que nossa alegria consista em vos servir de todo coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a vós, o criador de todas as coisas. Amém”.


Dom Alberto Taveira também sublinha outras tarefas de reconstrução a serem assumidas, como a “terrível onda de insegurança e violência institucionaliza que se instalou e a tentação de responder a ela com mais armas e violência”. Para o arcebispo de Belém, “somente educação e educação para a paz podem ser resposta adequada!”.


Confira o artigo na íntegra: