SEMANA  SANTA 2020

Com grande reverência celebramos, mais uma vez, os acontecimentos fundamentais de nossa fé, isto é, a Páscoa de Cristo, a qual compreende tanto o mistério da cruz e da morte, quanto a alegria do triunfo da Ressurreição. Este ano temos que assistir as cerimônias religiosas na televisão devido á Pandemia da Covid-19. O importante é não deixar a Semana Santa passar sem acompanhá-la na mídia. A Semana Santa é a semana maior no calendário cristão, que nos faz recordar e reviver os passos mais decisivos da jornada terrestre de Jesus.

A Semana Santa vai começar este ano no dia 5 de abril, o Domingo de Ramos, com a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém. Na Quinta-feira Santa, dia 9, haverá a sagração dos Santos Óleos e a união das paróquias da Arquidiocese de Fortaleza em torno da Igreja-Mãe, a Catedral, onde serão sagrados os três óleos (catecúmenos, crisma e dos enfermos) que serão utilizados na administração dos sacramentos de Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos, durante todo o ano. Normalmente esta liturgia conta com a participação de todos os padres da Arquidiocese, além de um grande número dos fiéis. Porém, este ano de 2020  acredito por causa do Convid-19 um número bastante reduzido de padres da Arquidiocese, além de poucos fiéis participarão.

As Igrejas provavelmente estarão fechadas, mas tudo será apresentado nas televisões. À noite vamos celebrar a Ceia do Senhor, o Sacrifício Eucarístico, que enlace o momento atual com a primeira missa. E o Lava-pés repete, na humildade e no perdão a necessidade de imitar o Senhor. Haverá na Sexta-feira Santa a morte de Cristo na cruz, que trouxe ao mundo a esperança e a redenção.  O Sábado Santo com o silêncio do Senhor que repousa no túmulo novo aberto na rocha. No dia 12 de abril, o Domingo da Páscoa, celebramos a gloriosa Ressurreição de Cristo. Morto numa cruz e sepultado, ressuscitou dos mortos. Sua Ressurreição até hoje e para sempre alimenta a esperança de um mundo melhor e mais humano.  Agora em nossa cidade de Fortaleza tudo isso se repete.

Na Quinta-feira Santa “Jesus se dá como alimento aos Doze com as próprias mãos”. As leituras deste dia ilustram o profundo sentido desta frase. Elas formam uma espécie de triplico: a instituição da Eucaristia, a sua prefiguração do Cordeiro Pascal e a sua tradução existencial no amor e no serviço fraterno. Na Sexta-feira Santa ao lado do exercício da Via Sacra, próprio deste dia não deve ser omitido os exercícios da celebração das Dores de Maria, mãe de Jesus, e da procissão do Enterro do Senhor. Na Vigília Pascal o toque dos sinos anunciando a ressurreição, precede a leitura do Evangelho, homilia e a liturgia batismal que se segue. Seria lamentável não participar da Semana Santa através da mídia por causa do Coronavírus.  Desejo a todos os leitores deste breve artigo, paz e tranquilidade no isolamento de sua casa e as melhores bênçãos e as melhores alegrias da Páscoa.

  Pe. Brendan Coleman Mc Donald

                                                          Redentorista  de Fortaleza