Sinal de vida


Dom Paulo Mendes Peixoto: Na Paixão, o próprio Cristo é o maior sinal de vida


Da Paixão de Cristo até sua ressurreição, vários sinais de vida estão presentes dando sentido para quem se abriu para o contexto da fé. Esta é uma das ideias apresentadas na reflexão de do arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, no artigo publicado no portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no início desta Semana Santa.


Dom Paulo indica como alguns dos sinais neste contexto da maior celebração da fé cristã o sepulcro vazio, os panos dobrados, a ação de Maria Madalena e a presença de Pedro e João. “Tudo tem sentido para quem se abriu para o contexto da fé. A ação de Deus na terra acontece através de sinais. Cristo foi o maior deles, porque Ele se apresenta como Homem-Deus, sintetizando em si o sentido dos demais sinais”.


Sinal de vida também é a fé, a qual, “como dom de Deus vem da ressurreição”. Dom Paulo explica que a fé é este sinal de vida e que habilita as pessoas “para não cair no desânimo e nem na doença do século, a depressão”. O arcebispo de Uberaba ensina que acreditar em Deus significa abertura para o encontro e o relacionamento com o outro: “Foi o que aconteceu com os apóstolos depois da ressurreição. Eles tiveram força e coragem para enfrentar o difícil trabalho missionário do tempo”.


Mais adiante em sua reflexão, ainda sobre a fé, dom Paulo indica os verbos “ver e crer” como significativos para o entendimento: “Para quem consegue vivenciar os ensinamentos de Palavra de Deus, acredita sem precisar ver. Para os descrentes, como Natanael, Jesus diz: ‘Vem e vê’ (Jo 1,46). Além da Sagrada Escritura e do testemunho dos apóstolos, a fé no Cristo ressuscitado supõe prática de amor, do reconhecimento de que Deus é misericordioso”.


“Ter fé madura, sem preconceitos, é sinal de vida”, sugere dom Paulo.


O bispo também recorda o papa Francisco, quando na exortação apostólica Gaudete et Exsultate fala da santidade que vem da fé, mas que pode ser prejudicada por duas ideologias do início do cristianismo, mas presentes de forma sutil nos dias de hoje: o gnosticismo e o pelagianismo, “que não valorizam Cristo como principal fonte de fé”.


Confira o artigo na íntegra.


http://www.cnbb.org.br/sinal-de-vida/